Auto-Regras

As regras sociais foram criadas pela cultura com o objetivo de organizar o grupo.

Os membros do grupo imitam-se uns aos outros e servem como modelos. Reforçam conformidade e punem desvios. Em algum ponto da história do grupo, porém, comportar-se de forma parecida com os outros apareceu sob o formato de uma regra. As regras nos dizem o que devemos fazer, no sentido de qual é a nossa obrigação para com o grupo (Skinner, 1991, p.63).

Além das regras criadas pela cultura, todos os indivíduos também produzem as chamadas “auto-regras” a fim de se adaptar as suas próprias particularidades.

Algumas, dessas auto-regras tornam-se irracionais, quando não se atinge as expectativas sociais.

Por exemplo, imagine que uma pessoa possuindo curso superior e atuando no mercado há mais de dez anos, tenha um carro velho e more em uma casa alugada, ela poderá criar auto-regras do tipo:

“Na minha vida tudo dá errado e nada vai para frente porque eu sou um incompetente, a culpa é minha, eu realmente sou incapaz”.

Esta pessoa desconsidera fatores externos que possam estar influenciando no que ela julga ser um insucesso, como por exemplo, a circunstância político-econômica do país. Para este indivíduo do exemplo, a responsabilidade é totalmente dele, sem considerar qualquer outra possibilidade.

Quando as auto-regras começam a interferir na capacidade de interagir com a sociedade é hora de repensá-las.